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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

MENSAGEM



" O homem que não se irritava "

Em cidade interiorana havia um homem que não se irritava

e não discutia com ninguém.

Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém,

nem se aborrecia com as pessoas.

Morava em modesta pensão, onde era admirado e querido.

Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo

à irritação e à discussão numa determinada noite em que o

levariam a um jantar.

Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria

a responsável por atender a mesa reservada para a ocasião.

Assim que iniciou o jantar, como entrada foi servida uma

saborosa sopa, que o homem gostava muito.

A garçonete chegou próxima a ele, pela esquerda, e ele,

prontamente, levou seu prato para aquele lado, a fim de

facilitar a tarefa.

Mas ela serviu todos os demais e, quando chegou a vez dele,

foi embora para outra mesa.

Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse.

Quando ela se aproximou outra vez, agora pela direita, para

recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da

jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o.

Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente,

com a sopeira fumegante, exalando saboroso aroma, como quem

havia concluído a tarefa e retornou à cozinha.

Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam

discretamente, para ver sua reação.

Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo

impaciência e lhe disse: o que o senhor deseja?

Ao que ele respondeu, naturalmente: a senhora não me serviu a sopa.

Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo-o: servi, sim senhor!

Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo

por alguns segundos...

Todos pensaram que ele ia brigar... Suspense e silêncio total.

Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranqüilamente:

a senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!

Os amigos, frustrados por não conseguir fazê-lo discutir e se irritar

com a moça, terminaram o jantar, convencidos de que nada mais

faria com que aquele homem perdesse a compostura.

Bom seria se todas as pessoas agissem sempre com discernimento

em vez de reagir com irritação e impensadamente.

Ao protagonista da nossa singela história, não importava quem

estava com a razão, e sim evitar as discussões desgastantes e

improdutivas.

Quem age assim sai ganhando sempre, pois não se desgasta

com emoções que podem provocar sérios problemas de saúde

ou acabar em desgraça.

Muitas brigas surgem motivadas por pouca coisa, por coisas tão

sem sentido, mas que se avolumam e se inflamam com o calor da

discussão.

Isso porque algumas pessoas têm a tola pretensão de não levar

desaforo para casa, mas acabam levando para a prisão, para o

hospital ou para o cemitério.

Por isso a importância de aprender a arte de não se irritar,

de deixar por menos ou encontrar uma saída inteligente

como fez o homem no restaurante.

Pense nisso!

A pessoa que se irrita aspira o tóxico que

exterioriza em volta, e envenena-se a si mesma.

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